As melhores tapas, o genuíno xerry, a música e dança, as ruelas e o alcazar, o passeio de charrete na noite terna.
Nas praias da costa da luz, o Atlântico espreita à porta do Mediterrâneo, e os atuns nas suas viagens migratórias, são a faina maior dos pescadores. As suas redes dispostas em labirinto replicam técnicas herdadas de tempos romanos, e se em “Stromboli“, Rosselini imortalizou tais momentos , porque não experienciar esta secular actividade, aprendendo em primeira mão como são capturados e amanhados os saborosos atuns que encontraremos à mesa de jantar, num hino de cozinha andaluza.
Na nossa rota andaluz Vejer, Arcos de la Frontera e Ronda são três exemplos excepcionais de arquitectura urbana em comunhão com o meio. Com suas casas brancas (por vezes azuis) e em dédalos de ruas e ruelas alcandoradas na colina que lhes oferecia proteção.
Nas planuras, as grandes propriedades agrícolas oferecem espaço e liberdade, apreciado pelos homens e vital para um bom touro de lide. Rumo a medina-sidónia, pedalando ao longo da “ruta del toro” talvez avistemos o negro e bravo toiro andaluz. Olé!
Rumo aos esplendores inigualáveis dos palácios de Granada, cruzaremos o parque de Grazalema que recatadamente revela algumas das mais belas estradas da Europa.
Ronda
Mas nem só de pão vive o homem e nem só de asfalto vive o ciclista… experienciar o Caminito del rey é descer o tempo em degraus até bem longe dos destinos rápidos dos aviões.
Não chores como um menino pelo que não soubeste defender como um Homem! Segundo a lenda, estas foram as palavras dirigidas a Boabdil, último sultão de Granada, por sua mãe, ao entregar as chaves da cidade. Já nós, não teremos de combater, pois as portas do magnífico Alhambra abrem-se de par em par para a nossa pacífica visita.
Romanos, gregos, fenícios, mouros, cristãos, judeus e muçulmanos, todos cobiçaram estas terras andaluzes e nela deixaram a sua marca, nós dela levaremos a saudade de quem connosco partilhou a essência de quem é.